Para a grande maioria das pessoas, já de manhã cedo começa a rotina...para muitas mulheres, ajeitar o café da manhã, organizar os filhos, a casa... levar e buscar... fazer supermercado, ocupar-se da comida em geral... amamentar o bebê, resolver questões do trabalho, pagar contas, organizar o lazer, namorar, sair para trabalhar, arrumada, impecável... se não tem filhos, tem outras obrigações familiares... fazer academia... ...etc, etc, etc...
Os homens também têm os seus muuuuitos afazeres...ser provedor, cuidar dos filhos (e ser filho)...cuidar dos pais (e ser pai)... maridos, namorados, amantes...têm que cuidar da vaidade, do trabalho, das relações, do lazer, etc, etc, etc...
Será que dá para delegar alguma coisa? Às vezes, sim... outras, realmente, fica impossível...
Mas, e aquelas situações em que a pessoa tem a oportunidade de aceitar ajuda, ou até mesmo de pedir (ops: isso já é bem mais difícil para muitos..), e não se permite?
Na ânsia de fazer tudo acontecer, e "certinho", ou até mesmo pelo hábito de fazer de tudo sempre, responde: "não se preocupe, estou acostumada (o)!"
E nem se dá conta do que está causando em sua própria vida.
E nem se dá conta do que está causando em sua própria vida.
Minha proposta de reflexão, ao menos por um instante, é a seguinte: damos conta porque somos realmente versáteis, ou porque ocupamos (e queremos manter) um lugar de onipotência (o que mantém a sensação de "estar no comando")?
Observe o seu desgaste de energia. Fazendo coisas com prazer, o desgaste emocional é menor (ainda que o desgaste físico seja grande, como por exemplo, ir para uma aula na academia após um dia inteiro de trabalho, mas tendo o prazer de eliminar o stress numa aula de box ou de bike e tomar aquele banho gostoso depois!).
Porém, quando realizamos tantas coisas para sermos valorizados, reconhecidos e aplaudidos (veja bem: esse desejo costuma ser bem inconsciente!), o desgaste emocional é cada vez maior. Tanto que, chega uma hora, em que a pessoa entra num estado de nervos, melancolia ou insatisfação tão intenso, que precisa de cuidados imediatos. Sente que chegou no limite! Então, ela tem a sensação que não consegue mais administrar os seus afazeres, inclusive os mais prazerosos, como assistir a uma festinha de dia das mães na escola dos filhos ou curtir um "happy hour" com os amigos, porque até isso lhe incomoda.
Dores musculares, insônia, choro sem motivo, cansaço, agressividade, falta de humor, impulsividade, alergias, entre tantos outros, são sinais de que algo não anda bem no nosso sistema corpo-mente. Isso pede acolhimento.
Ao fazer "tudo para todos, sempre e incondicionalmente", costumamos esperar alguma coisa em retorno...o que nem sempre acontece.
Para não me estender muito, sugiro que, aos primeiros sinais de insatisfação e cansaço, você se pergunte se não está na hora de repensar os seus hábitos. Além disso, observe a energia, física e psíquica, que tem gasto para administrar os diversos setores da sua vida, quando percebe que algo não está fluindo bem. Procure prestar atenção se, mesmo tendo versatilidade e praticidade para resolver tantas coisas, não deseja conquistar um espaço de reconhecimento de seu valor pessoal.
Lembre-se que o seu valor está relacionado diretamente à pessoa que você é, e não somente àquilo que você faz. Se não estiver satisfeita com alguma coisa, pergunte-se de onde isso vem, e, especificamente, que parte sua está dando permissão para que você esteja vivenciando essa sensação desagradável...
E, se preciso... busque ajuda para superar esse momento delicado!
Reconhecer os próprios limites é num sinal de coragem e força interior!
E, se preciso... busque ajuda para superar esse momento delicado!
Reconhecer os próprios limites é num sinal de coragem e força interior!