"No centro sentimos leveza."
(Bert Hellinger)

DE UMA COISA EU TENHO CERTEZA: COMPREENDER É FUNDAMENTAL!!!







quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Passageiro

Gente,

Recebi essa mensagem de uma pessoa muito querida, e imediatamente resolvi compartilhar com vocês!
Obrigada, Ju!
E, um abraço carinhoso a todos!

Curto, bonito e sábio.

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros.
As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
- E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! Surpreendeu-se o turista.
- Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também... - concluiu o sábio.

"A vida na Terra é somente uma passagem...
No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e esquecem-se de ser felizes."
"NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL...
SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA..."

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

.... porque, em se tratando de humanos, não há receitas... somente ingredientes!!!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

"A FRAGRÂNCIA DE UMA ROSA PERSISTE NA MÃO DAQUELE QUE A OFERECE."
(Antonio de Camões)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pessoal... o ano está acabando!!!!! Que loucura! Ontem mesmo iniciamos 2011, e já estamos em novembro.
Tanta coisa aconteceu na vida de cada um de nós...
E eu mesma acabei deixando que o tempo me levasse ao encontro dos muitos afazeres diários, praticamente esquecendo de alimentar esse espaço criativo.
Mas, felizmente, a vida nos chama para o equilíbrio.
Vocês já perceberam que sempre que algo entra na energia do excesso, somos convocados a redirecionar nossos passos ?
Vou tentar colocar essa idéia de uma maneira mais clara..
Você sai todas as noites, chega tarde, dorme pouco, acorda cedo... consequentemente, em breve apresenta sinais de estresse... quem nunca passou por isso?
É só olhar para esses jovens que têm atividades diversas durante a semana , baladas e jogos esportivos nos finais de semana, computador até tarde da noite, e rapidamente se percebem sinais - olheiras, desatenção na escola, mau humor...
E essa de comer fora, e mal? de repente, a pessoa sente dor e desconforto na região do estômago.. quando vai ver o que está acontecendo, já está com princípio de gastrite, problemas digestivos...
Nessa hora dá uma saudade daquela sopinha feita em casa, aquela comidinha saudável... e não tem jeito - a primeira coisa que os médicos sugerem é se rever os hábitos alimentares.
O corpo grita - em alto e bom som!!!
E eu, aqui, assumindo que faço parte dessa lista de pessoas que se ocupa, "estica a própria corda", chega no limite, segue uma rotina (até que bacana!) - é o trabalho, a ginástica, a vida familiar, são os estudos - mas... ai ai ai ... deixei o blog de lado desde agosto.
Novamente vou me render: estou num momento de reconhecer que "tudo não dá".
É a mais pura verdade... desde sempre... porque todo excesso acaba sendo um sinal de desequilíbrio, e aí é que a vida traz exatamente aquilo que precisamos, ainda que seja para nos confrontarmos com as nossas imperfeições de maneira direta e objetiva, sem rodeios.
Na semana passada, recebi uma nova paciente, adulta, e achei prudente sugerir que ela desse uma olhada nas minhas postagens.
Mas até fiz uma confissão: assumi que não sou a melhor representante da interação com a tecnologia, apesar de ter um blog desde o ano passado.
E, de repente, passados 6 dias desse bate-papo, eu me dei conta que fazia um tempinho que eu não escrevia. Mas confesso que não tinha me dado conta que a última postagem havia sido em agosto.
Fazer o que? Só me resta me perdoar... e retomar, na medida do possível. Um possível que leve em conta a disponibilidade interna para criar e escrever, assim como a organização decorrente das demandas externas que enfrentamos no dia-a-dia.
Assumir... rever... refletir..  retomar... caminhar... evoluir...
Prestar atenção, sempre!
Dar pequenos passos, mas para frente! (E que seja um passo de cada vez!)
Quanto antes percebermos que "entre o ideal e o possível existe um espaço", melhor...
Melhor para a nossa saúde física, emocional, mental e espiritual!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Faz tempo que eu não escrevo.
Mês de julho, mês de férias.
Esse ano, decidi tirar férias MESMO -  sair de cena, transitar em outros espaços.
Viajei. A tarefa difícil foi ter somente a bagagem, a passagem, o destino.
Vocês devem ter estranhado o uso do adjetivo "difícil"... vou tentar esclarecer essa questão, brevemente. E que sirva para aqueles que encontrarem semelhança nessa descrição!!
Preparar as férias dá um pouco de trabalho. Escolher, organizar, planejar... e também deixar a vida cotidiana relativamente ajeitada... afinal de contas, quem tem compromissos, e, mais ainda, comprometimentos, tem responsabilidades não é?
Chegou o momento de sair e me desligar. Afinal de contas, são férias. Mas a cabeça estava a mil.. um pouco de ansiedade e expectativa, para alguns certas preocupações, e os resquícios da confluência de energias que ocupam a cabeça de quem é mentalmente ativo. Fui clara?
Então, eu fui. E, como já havia acontecido em outras situações, demorou uns 2 dias para que eu começasse a entrar "no ritmo de férias".
Eu não precisava colocar despertador, mas o reloginho interno me acordava às 6 da manhã, é claro. E, no começo.
Veio a liberdade de fazer o que dava vontade, sem agenda.
Que difícil... o que escolher? E a vontade de fazer muuuuitas coisas, aproveitar o tempo, aproveitar para conhecer lugares, ter vivências diferentes, observar, aprender, apreender informações...
É, a cabeça me mandava fazer tanta, tanta coisa, que eu tinha que me policiar para não me ocupar mais do que eu deveria. Afinal de contas, férias são férias!
Aos poucos, fui "conseguindo" mudar esse padrão. Fui me permitindo o descanso, a decisão repentina de mudar de direção, almoçar fora do horário habitual, sentar e ficar só observando pessoas e paisagens. 
É possível, sim, mudar hábitos. Mas ninguém disse que é fácil. Mesmo que alguns de vocês comentem, até ironicamente, "que absurdo, ela estava em férias e cheia de coisas na cabeça", a grande maioria das pessoas que vive numa cidade grande e intensa como São Paulo talvez sinta que o meu relato faz um certo sentido. Porque sair da rotina é bom, mas a agitação interna que nos acompanha vai junto, em qualquer lugar, e, para alguns (mais do que para outros) conseguir  "desacelerar" também é um processo que precisa ser vivido, e, muitas vezes, aprendido!!
De qualquer maneira, o objetivo é descansar. O corpo e a mente.
Mas eu consegui!! Missão cumprida.
Na hora de voltar, bateu aquela tristeza..."estou bem aqui, mas tenho a minha vida (real) lá...os contatos, compromissos, pessoas queridas, prazeres, lugares que eu gosto de frequentar, entre tantos outros; mas aqui está tão bom... eu faço o que eu gosto, do jeito que eu quero..."
Prazer X realidade...escolha dura essa...
A vida é assim. Como um pêndulo. Momentos se alternam.
Só alegrias - isso é impossível de se ter.
E a realidade, por sua vez, nos coloca em situações bem duras às vezes.
Conclusão: voltei, descansada. E recomecei a rotina.
Já tive felizes encontros, retorno ao trabalho, tudo correu bem.
Junto com as coisas boas, o trânsito da cidade. E outros (não tão felizes) encontros. Energias, muitas energias.
Já percebo um certo desgaste...
Talvez já já eu sinta vontade de tirar férias de novo...



segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sabe aquela pessoa para quem você tem se dedicado há tempos? Aquela para quem você não economiza a sua generosidade, para quem sempre você arruma tempo e tem disponibilidade para oferecer alguma palavra amiga, um ombro amigo, um apoio, um alento...?
De repente,  aquele comentário "inofensivo", aquela pergunta permeada de dupla intenção, um certo olhar de canto de olho, ou o instante de silêncio que denuncia a dura realidade que está por vir: a constatação de uma ruptura, um "trinco", um possível espaço de afastamento; é... aí vem desapontamento!!!
O que pode ter havido? E, como, se a relação parecia estar fluindo tão bem? Ou, será que já havia sinais de que não era bem assim?
Às vezes é pena que seja assim...porém, há situções em que essa é a única maneira que a vida promove uma das experiências mais relevantes para o amadurecimento do ser humano: a experiência da desilusão.
Desiludir-se é um mal necessário, é maneira pela qual algum véu é retirado, o que faz com que passemos a ter a possibilidade de enxergar a realidade com mais clareza, apesar da dor envolvida nesse processo.
Rever o mecanismo de "dar" e  "receber" é fundamental, especialmente quando temos a sensação de que  nós damos mais do que recebemos! Será essa uma das causas dessa dura percepção? Quando nos sentimos traídos por termos nos disponibilizado tanto (e termos recebido tão pouco?), ou ainda, de sentirmos que algo nos foi tirado sem que tenhamos nos dado conta disso?
O ponto é: nós sempre damos permissão para que algo aconteça (ou não) em nossas vidas.
Pergunte-se, então: qual foi a sua participação no evento para que chegasse até isso? Faltou dar limites?  Você deu espaço demais para a outra pessoa? Ou, estava tão ocupado em ser "o legal" que não percebeu o que estava acontecendo e o "buraco" em que estava se enfiando?
Agora só resta uma coisa: seguir, a partir da desilusão...
Aproveite, então, para repensar as suas próprias atitudes antes de responsabilizar o outro pelo seu abuso, pelo vampirismo. Seguramente, ele teve espaço para se comportar assim e fazer o que quer que tenha feito. E, essa responsabilidade é SUA!
Apesar de tudo: REAJA!!!
Pois, "O importante não é o que fizeram de nós, mas o que nós fazemos com o que fizeram de nós!"

sábado, 7 de maio de 2011

De repente, as coisas pareciam diferentes... olhei à minha volta e me assustei!!! Pessoas com quem eu convivia há tempos haviam mudado de atitude; contatos frequentes passaram a ser espaçados cada vez mais; alguns "amigos" (ops... aqueles para quem EU geralmente telefonava ou mandava um e-mail dizendo um "carinhoso oi", ou propondo um café) não mais faziam parte das minhas prioridades... e, obviamente, eu também não fazia parte das deles, só que eu não percebia até então...
É... há momentos na vida em que, de repente, as coisas realmente estão diferentes. E , então,  sentimos uma apreensão, com sabor de medo. 
O que é isso? Onde está a vida conhecida até então? Onde estão as pessoas que passaram tempos importantes comigo, ao longo da minha jornada pessoal? Quem são essas pessoas com quem eu convivo hoje? 
E eu?? Será que estou tão diferente também?
Esse momento pede a urgência da criação de um novo espaço. Um espaço interno. Um espaço para observar,  refletir, ressignificar. Vai doer. Dói mesmo. Eu sei... porque o susto é tão grande e inibidor, que chega a paralizar qualquer iniciativa de execução de uma idéia ou de alguma ação no ambiente.
É um  bom momento para se respirar, respirar, respirar... e observar... e pedir ajuda ao Cosmos, ao Anjo da Guarda, aos Mestres, aos Protetores, ao Terapeuta (é claro!!)... na ânsia de superar a dor da constatação da existência desse espaço vazio. E aguardar o que vier pela frente. Afinal de contas, nada dura eternamente... nem as coisas boas, e nem as ruins! E, esse espaço, em algum momento, será preenchido novamente. Por isso, preste atenção nos mínimos sinais para que esse preenchimento seja "tudo de bom", pois é o momento de desenhar uma nova figura e começar a pintá-la com novas e diferentes cores!!
Nossa vida é como um pêndulo. Portanto, um pouco de paciência, confiança e fé nos ajudam a aguentar aquele momento cruel e singular em que o pêndulo pára numa das suas extremidades, e, imediatamente, em uma fração de segundos, retoma o seu movimento pendular, descendente. Quem já foi naquele brinquedo chamado "Viking" sabe bem do que eu estou falando, não é?
Minha sugestão: aproveite esse momento para se auto-conhecer, e tentar compreender o lugar onde você está... que é exatamente o lugar onde que se colocou, e a partir do qual vivencia essa experiência biográfica singular - essa história que é sua, somente sua, e de mais ninguém. E que te convoca a fazer ajustes. (Detalhe: esses ajustes seguramente serão feitos para melhor!)
Aguente firme. A lógica dos acontecimentos nem sempre é percebida, especialmente em momentos de crise como esses.
Acredite: tudo se esclarece, ao seu tempo!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

"VERSATILIDADE" ou...

Para a grande maioria das pessoas, já de manhã cedo começa a rotina...para muitas mulheres, ajeitar o café da manhã, organizar os filhos, a casa... levar e buscar... fazer supermercado, ocupar-se da comida em geral... amamentar o bebê, resolver questões do trabalho, pagar contas, organizar o lazer, namorar, sair para trabalhar, arrumada, impecável... se não tem filhos, tem outras obrigações familiares... fazer academia... ...etc, etc, etc...
Os homens também têm os seus muuuuitos afazeres...ser provedor, cuidar dos filhos (e ser filho)...cuidar dos pais (e ser pai)... maridos, namorados, amantes...têm que cuidar da vaidade, do trabalho, das relações, do lazer, etc, etc, etc...
Será que dá para delegar alguma coisa? Às vezes, sim... outras, realmente, fica impossível... 
Mas, e aquelas situações em que a pessoa tem a oportunidade de aceitar ajuda, ou até mesmo de pedir (ops: isso já é bem mais difícil para muitos..), e não se permite?
Na ânsia de fazer tudo acontecer, e "certinho", ou até mesmo pelo hábito de fazer de tudo sempre, responde: "não se preocupe, estou acostumada (o)!" 
E nem se dá conta do que está causando em sua própria vida.
Minha proposta de reflexão, ao menos por um instante, é a seguinte: damos conta porque somos realmente versáteis, ou porque ocupamos (e queremos manter) um lugar de onipotência (o que mantém a sensação de "estar no comando")?
Observe o seu desgaste de energia. Fazendo coisas com prazer, o desgaste emocional é menor (ainda que o desgaste físico seja grande, como por exemplo, ir para uma aula na academia após um dia inteiro de trabalho, mas tendo o prazer de eliminar o stress numa aula de box ou de bike e tomar aquele banho gostoso depois!). 
Porém, quando realizamos tantas coisas para sermos valorizados, reconhecidos e aplaudidos (veja bem: esse desejo costuma ser bem inconsciente!), o desgaste emocional é cada vez maior. Tanto que, chega uma hora, em que a pessoa entra num estado de nervos, melancolia ou insatisfação tão intenso, que precisa de cuidados imediatos. Sente que chegou no limite! Então, ela tem a sensação que não consegue mais administrar os seus afazeres, inclusive os mais prazerosos, como assistir a uma festinha de dia das mães na escola dos filhos ou curtir um "happy hour" com os amigos, porque até isso lhe incomoda.
Dores musculares, insônia, choro sem motivo, cansaço, agressividade, falta de humor, impulsividade, alergias, entre tantos outros, são sinais de que algo não anda bem no nosso sistema corpo-mente. Isso pede acolhimento.
Ao fazer "tudo para todos, sempre e incondicionalmente", costumamos esperar alguma coisa em retorno...o que nem sempre acontece.
Para não me estender muito, sugiro que, aos primeiros sinais de insatisfação e cansaço, você se pergunte se não está na hora de repensar os seus hábitos. Além disso, observe a energia, física e psíquica, que tem gasto para administrar os diversos setores da sua vida, quando percebe que algo não está fluindo bem. Procure prestar atenção se, mesmo tendo versatilidade e praticidade para resolver tantas coisas, não deseja conquistar um espaço de reconhecimento de seu valor pessoal.
Lembre-se que o seu valor está relacionado diretamente à pessoa que você é, e não somente àquilo que você faz. Se não estiver satisfeita com alguma coisa, pergunte-se de onde  isso vem, e, especificamente, que parte sua está dando permissão para que você esteja vivenciando essa sensação desagradável...
E, se preciso... busque ajuda para superar esse momento delicado! 
Reconhecer os próprios limites é num sinal de coragem e força interior!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

DESAPEGO ??

Hoje estive pensando na questão do desapego, pois tanta gente diz que é desapegada dos bens materiais...
Vou contar uma história verídica, que aconteceu comigo.
Há alguns anos, dispensei uma funcionária por justa causa (e, olha que eu tolerei muuuuuuuuita coisa inadequada! era uma pessoa bastante "espaçosa"). 
Exatamente 08 meses depois, resolvi fazer um jantar para comemorar o meu aniversário, e convidei 18 pessoas íntimas. Quando fui pegar AQUELE jogo de pratos que eu havia ganho de casamento, DAQUELA TIA querida, o qual eu havia usado pouquíssimas vezes, tive uma surpresa: havia apenas 8 pratos de mesa e 6 de sobremesa.
E os copos? AQUELE jogo de cristal...havia sobrado apenas 4!!!
Surpresa, liguei os fatos e suspeitei ter sido roubada. Sem provas, e, passado tanto tempo, não havia muito a fazer, a não ser lamentar o ocorrido.
Ao pedir aos meus Mestres Iluminados e Protetores que me dessem um sinal, ou uma luz sobre o que havia ocorrido, eu tive uma revelação. 
No elevador, ao encontrar com uma moça que trabalhava em outro apartamento mas no mesmo prédio, ela me cumprimenta e diz: "Nossa, que bom ter conhecido a senhora! Ouvi falar que a senhora é uma pessoa muito boa, e muito dasapegada dos bens materiais...tanto que a "Fulana" me contou que a senhora deu para ela um jogo completo de pratos "chiques" e umas taças de cristal!!!!"
Bingo. Estava aí a confirmação das minhas suspeitas!!
Grata aos meus "amigos espirituais" pela informação fornecida por essa outra moça, que eu NUNCA havia encontrado antes, eu comecei a remontar a história toda, desde que a "pessoa" havia chegado em minha casa para trabalhar, e muitíssimo bem recomendada, com fortes referências.
Com uma postura prestativa, aos poucos foi assumindo a pessoa que realmente era... mas que EU não enxergava!
Logo de cara, me perguntou quem iria revistar a sua bolsa quando ela saísse no final de semana... e eu, surpresa, simplesmente respondi que se eu não tivesse confiança nela, ainda mais com todas as referências que ela tinha, eu não a teria contratado; além disso, foram muitas as vezes que ela "sumia " com os copos de uso diário (mas sempre me avisava!!), ou colocava objetos mais sofisticados em uso (o que eu, particularmente, até achei bacana, pois não sou a pessoa mais atenta à estética da casa ), e eu interpretava essa atitude como um favor que ela estava me fazendo: arrumar a minha casa, deixando tudo combinadinho!!
Para finalizar, eu confesso que ela me deu muitos sinais de que era bastante materialista, e eu é que não percebia. Ao "humanizar" esta relação, tratando a pessoa com respeito, carinho e dignidade, não me dei conta de que eu fui distorcendo os seus comentários a respeito de objetos de valor, interesse por roupas de grife e objetos de cristal (coisas que estão bem longe do meu campo de interesses prioritários) pois eu encarava tudo como "opiniões diferentes sobre o mesmo assunto".
Conclusão: assumo que fui displiscente, e até certo ponto, desatenta. Até porque, um dos motivos dela ter saído da outra casa onde trabalhava era porque a outra patroa "contava os objetos e até as frutas da geladeira". E isso foi ela mesma que me contou, na entrevista. Comovida com essa informação, eu a contratei.
Então, pessoal...vamos refletir: ser desapegada é diferente de ser desatenta...E, mais ainda: "uns evoluem às custas dos outros"!!
Apesar da situação desagradável, eu compreendi que, da mesma maneira que ela teve a oportunidade de aprender alguns valores éticos e morais por aqui (mas, pelo jeito, não conseguiu se sair tão bem...), eu também tive a oportunidade de abrir os meus olhos para o que estava à minha frente!! (e também deixei a oportunidade passar...ou vocês acham que foi a primeira vez que eu fui "feita de trouxa na minha própria cara"??)
Desde então, meus olhos estão mais abertos.
De certa forma, tenho que agradecê-la por ter me dado a oportunidade de evoluir! (detalhe: apesar de ter me sentido traída, eu aceitei a oferta!!)
Um abraço carinhoso a todos!!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Você já agradeceu, hoje, por ter acordado? Por ter se levantado, ou até por ter entrado direto em sua rotina?
É no automatismo que nos perdemos de nós mesmos, o que é quase que inevitável nos dias de hoje.  Essa rotina, da qual muitas vezes reclamamos e que nos engole, por vezes não deixa sequer um pequeno espaço para fazermos uma pausa agradável, ou para fecharmos os olhos, respirar e descansar a mente, ou para observar a perfeição de uma flor ou da solidariedade e amor incondicional do nosso animal de estimação. 
A urgência traz muito desgaste para nosso sistema corpo-mente. Na correria, muitos se tornam sedentos de tempo: para fazer o que precisam, para fazer aquilo que querem, para desempenhar tarefas, tempo para se reconectarem com si mesmos, para fazer as compras, para arrumar a desordem, para enfeitar a casa, para acariciar um filho, para conversar com uma amiga, para abraçar uma pessoa querida, para fazer um telefonema, para retomar um contato antigo, para cuidar da aparência, para trabalhar, para estudar, para namorar, para conversar...nessa loucura, pode faltar tempo para sentir... e também para agradecer!!
Sugiro que você encontre, diariamente, um momento para agradecer. Busque, dentro de si, tempo e espaço para o sentimento de GRATIDÃO. Agradeça por ter uma vida. Pela oportunidade de estar aqui. Por tudo o que você possa ter de melhor, e por tudo o que você percebe que não tem, pois é a partir da percepção da falta que se tem a oportunidade de procurar caminhos, alternativas de preenchimento dos nossos vazios.
Agradeça ao acordar. Agradeça, ao final do dia, por ter vivido mais um dia, ainda que esteja passando por momentos difíceis, permeados por qualquer sentimento de desesperança.
Agradeça por todas as oportunidades que a vida te oferecer, sempre. A gratidão nos coloca em uma posição de humildade, virtude fundamental para a nossa evolução, e para nos conectarmos com a energia do merecimento.

terça-feira, 22 de março de 2011

Pessoal, como hoje foi um daqueles dias repletos de atividades, emoções intensas, e também desgaste,  eu senti que precisava de algo bem "quentinho" para aquecer meu coração.
Quando recebi esse texto por e-mail, de uma amiga que não vejo há tempos,  eu havia recebido um presente. Rapidamente, decidi compartilhá-lo com vocês.
Um forte e carinhoso abraço!!

"CANÇÃO DAS MULHERES" (Lya Luft)

"Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher."

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher

Viemos através dos nossos ancestrais...e também somos filha, irmã, profissional, esposa, amante, mãe, dona de casa, amiga... Uau!! essa lista pode ser grande!
Sentimos, acolhemos, agradamos... amamos, sofremos, recomeçamos...participamos... cuidamos...renunciamos...enfrentamos...mas, antes de tudo, DESEJAMOS!!!
Parabéns para todas nós, mulheres, que desempenhamos, digna e corajosamente, múltiplos papéis!!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

"O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS" (Mario de Andrade)



Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!

Mário Pinto de Andrade
Escritor e político angolano, de nome completo Mário Coelho Pinto de Andrade.
(1928-1990)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"NÃO EXISTE NEM O BEM NEM O MAL. SÓ EXISTE A IGNORÂNCIA." (provérbio chinês)